Sistema Solar é tema de pesquisa
Os alunos do 4º ano estudaram o Sistema Solar e fizeram muitas descobertas...
A chegada ao Ensino Médio traz consigo o questionamento mais comum nesta fase: Que carreira seguir? O que vou escolher ser? Este é um momento de muitas dúvidas e do aumento da ansiedade. Definir um caminho diante de tantas opções e ter a certeza do que realmente gosta de fazer não são tarefas simples. A sociedade cobra respostas cada vez mais cedo e o adolescente pesa na balança o escolher pelo prazer ou pela realização financeira, poucos e sortudos são aqueles que conseguem convergir os dois interesses.
A família e a escola têm um papel fundamental no apoio e orientação desses adolescentes. Afinal, devemos tomar cuidado para que essa necessidade de trilhar um caminho não os pressione ainda mais e que eles não enxerguem essa escolha como imutável durante toda a vida.
Por vezes nos deparamos com adolescentes que optam por seguir o ramo profissional da família ou que acabam escolhendo uma área que seus pais consideram financeiramente satisfatória. Temos também os jovens que tiveram seu caminho profissional traçado desde criança pelos pais, que pretendem realizar um sonho pessoal frustrado por meio do filho, mesmo que ele demonstre interesse em outra área.
Será que nossos filhos serão felizes com essa escolha? É possível atrelar felicidade com sucesso financeiro? São perguntas que surgem a todo instante na cabeça das famílias e consequentemente na dos adolescentes. Estes questionamentos estão diretamente ligados aos valores e culturas de cada um. Entretanto, somente quando sabemos quem somos, nossos pontos fracos e fortes, conseguimos enxergar exatamente onde queremos chegar. A palavra-chave é “autoconhecimento”.
Segundo Kathia Neiva, especialista em Orientação Profissional pelo Instituto Sedes: “A escolha profissional não depende de uma única variável, ao contrário, é multifatorial. Dentre eles podem-se citar: os políticos, os econômicos, os sociais, os educacionais, os familiares e os psicológicos. Em relação aos fatores psicológicos, algumas variáveis podem influenciar a escolha profissional, tais como: os interesses, as habilidades, os traços de personalidade, os valores, as expectativas com relação ao futuro e a maturidade para a escolha profissional”.
O Projeto de Orientação Profissional do Garriga surge para dar suporte, informação e orientação aos adolescentes do Ensino Médio. Em parceria com as famílias, a ideia é oferecer a eles a oportunidade de pensar sobre suas escolhas do cotidiano e principalmente de refletir sobre o autoconhecimento, que é a principal etapa deste processo. Junto com o autoconhecimento, trabalhamos as questões socioemocionais, que lidam com a relação do indivíduo imerso na comunidade, ou seja, qual papel ele quer assumir socialmente a partir da identificação e da gestão das próprias emoções.
Algumas atividades provocam o aluno a refletir sobre aspectos que ele é levado a fazer costumeiramente, seja por questões do cotidiano, seja pelo coletivo. É bem comum nesses momentos perceber alunos com grande dificuldade de escrever sobre seus gostos ou suas facilidades. Esses exercícios parecem, a princípio, superficiais e comuns, mas dão ao aluno uma visão muito importante, permitindo fazer um paralelo desses pontos com a carreira que supostamente ele deseja seguir.
Além disso, nesta fase é necessário que eles se informem bastante e, se possível, vivenciem ou se aproximem de algumas realidades profissionais. Visitas a instituições, empresas, universidades e palestras com profissionais de cada área são de suma importância para que algumas dúvidas ou até mesmo algumas “realidades construídas” pela imaginação deles sejam colocadas à prova.
Depois da busca por informação, é chegado o momento no qual os alunos vão correlacionar o que aprenderam sobre si mesmos com as rotinas de cada profissão, partindo para a etapa da escolha propriamente dita. Vale ressaltar que o Projeto de Orientação Profissional tem por objetivo principal auxiliar nessa escolha, para que ela seja a mais assertiva possível. Assim, nós e os adolescentes teremos a certeza da importância do processo e da oportunidade de desenvolvimento pessoal e profissional.
Por
Nathalia Figueiredo Brandão
Orientadora EM
Psicóloga e Orientadora Profissional