Garriga na França: Congresso Ruepsy
Confira como foi a participação de Larissa Scherer, da nossa Equipe de Orientação Educacional
Um texto chamado “Há uma tragédia silenciosa em nossas casas” circulou pelas redes sociais recentemente, mobilizando pais, educadores e alunos. Segundo a autora, a canadense Victoria Prooday, crianças e adolescentes estão em um estado emocional devastador. “Nos últimos 15 anos, os pesquisadores nos deram estatísticas cada vez mais alarmantes sobre um aumento agudo e constante da doença mental da infância que agora está atingindo proporções epidêmicas”, afirma.
As estatísticas apontadas no artigo mostram:
-Uma em cada cinco crianças tem problemas de saúde mental;
-Um aumento de 43% no TDAH;
-Um aumento de 37% na depressão adolescente.
“Mas por que isso está acontecendo?”. Estudos atuais mostram crianças e adolescentes superestimulados, mergulhados nas aparências das redes sociais, com pais pouco presentes, uma rotina não estruturada (sono, alimentação, limites claros) e pouco espaço para interação social, jogos criativos e atividades ao ar livre.
Portanto, para melhorar a saúde emocional dos filhos, pais e cuidadores devem deixar os limites claros, proporcionar um estilo de vida equilibrado (rotina de sono, alimentação saudável), estimular atividades ao ar livre, envolver os filhos em tarefas de casa de acordo com sua idade, como guardar a roupa, arrumar brinquedos, colocar a mesa, alimentar os animais domésticos, etc. Mas, acima de tudo, não usar a tecnologia como uma cura para o tédio – até porque em momentos assim surgem ideias criativas, além de ser uma oportunidade de entrar em contato consigo e refletir sobre a vida.
Os momentos em família também são muito importantes! Reservar uma refeição para estarem todos reunidos é uma boa ideia. Estar emocionalmente disponível para se conectar com os filhos e interessado genuinamente em suas questões é outra dica. Outra tarefa imprescindível para os pais é tornar-se um regulador ou treinador emocional de seus filhos, ensinando-os a reconhecer e gerenciar suas próprias emoções , ensinando assim regulação emocional, empatia e habilidades sociais.
Para finalizar, ensinar autonomia e responsabilidade é de grande valia. Afinal, erros e frustrações fazem parte da vida. Os erros ajudam a desenvolver a resiliência e a aprender a superar os desafios da vida, permitindo maior crescimento. Fica então uma reflexão apontada por Cortella: “Em vez de dar-lhes o peixe, ensine-os a pescar. Assim eles nunca passarão fome!”.
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