Aprendizado e diversão nas aulas de campo do 6º, 7º e 8º anos
6° ano faz aula de campo no Museu Nacional / UFRJ maior museu de historia natural...
A Educação Infantil, normalmente, é o primeiro espaço de socialização que as crianças conhecem depois de sua casa. Nela, começam a vivenciar um novo mundo, e através das novas experiências, passam a ganhar maior autonomia. O desenvolvimento da autonomia na infância permite a construção de uma personalidade saudável, possibilita o desenvolvimento da capacidade de resolver conflitos ao longo da vida, além de ajudar no processo de aprendizagem. A conquista da autonomia também leva a criança a entender que há leis e regras importantes para a convivência. Portanto, é importantíssimo estimular nossas crianças para que tal fato seja consolidado, sendo fundamental a parceria da família.
Algumas famílias costumam fazer tudo para os filhos desde bebês. Tudo, até mesmo encaixar um bloco de brinquedo que ele não está conseguindo. E elas nem percebem os prejuízos que essas atitudes podem causar. A Universidade de Montreal realizou um estudo com 78 mães e seus filhos. A pesquisa mostrou que, quando a família estimula a autonomia da criança, ocorre um impacto muito positivo na chamada função executiva, um dos pilares do desenvolvimento cognitivo. Como sabemos, essa função abrange a memória de trabalho, o raciocínio, a capacidade de resolução de problemas e a flexibilidade de tarefas, além da capacidade de planejamento e execução de diversas atividades. Portanto, quanto mais cedo todos os membros da família começarem a estimular a autonomia da criança, melhor será o desenvolvimento.
Um fato comum que observamos nas escolas, é a criança que precisa de um grande apoio para realizar coisas simples como pegar seu lanche, lavar as mãos, organizar seu material ou algum brinquedo. Esta prática pode ser caracterizada pela sua falta de autonomia, que muitas vezes é consequência da superproteção dos responsáveis. Assim, quando é estimulada a fazer algo na escola, apenas com a supervisão do professor, muitas vezes a criança fica esperando que outra pessoa faça por ela e não tenta.
Essa insegurança pode gerar recusa de ir à escola, afinal ela está sendo desafiada a realizar novas propostas. Nesse processo, pode surgir o medo de errar ou de não conseguir, por estar sem a proteção familiar. Para que isso não aconteça, é importante que incentivemos nossas crianças em pequenas tarefas do cotidiano como arrumar sua mochila, guardar seus brinquedos, vestir-se, tomar banho e comer sozinha. O resultado será uma criança que se arrisca mais e com boa autoestima. O estímulo dos adultos ao seu redor é fundamental. É necessário que os pais estejam preparados para entender a evolução do filho e supervisionar as tarefas. Vale ressaltar que nem sempre o resultado será perfeito, mas essa prática resultará no aprendizado e aprimoramento da criança.