BRINCAR DE PENSAR. A filosofia na Educação Infantil
Trabalhar as boas maneiras no ambiente escolar auxilia na formação de bons hábitos e atitudes que...
Acreditando que autoridade se afirma pela tríade: “firmeza – afetividade – competência”, educadores são chamados e autorizados para intervir na vida dos alunos. Logo, aquele que se destina a educar precisa saber dizer não quando for necessário, bem como precisa jamais dizer não quando pode dizer sim. É engano nosso pensar que as crianças e adolescentes não suportam negativas, o que eles não entendem é o educador receoso.
A educação não é exclusividade nem da família, nem da escola. Todos devem estar engajados no processo educacional ou ele não existirá. A educação precisa passar por todas as instâncias e ensinar os valores corretos, ou será uma preocupação unilateral. Hoje, porém, esses valores não estão sendo explorados de forma clara pelos adultos e as crianças e jovens ficam confusos. Tomam para si um poder para o qual ainda não têm maturidade e, por trás de toda a onipotência, guardam o medo e uma grande insegurança.
Todos nós, pais, professores e educadores, precisamos refletir sobre os limites que devemos assumir perante nossos filhos e alunos. Assim poderemos atingir o equilíbrio imprescindível para educá-los. Na relação autoridade, o adulto precisa:
• assumir, com responsabilidade e sem medo, seus deveres de pai e professor, sem ser onipotente;
• mostrar que sabe mais, mas não sabe tudo;
• deixar claros os limites e regras que vão ser cobrados sem discussão e aqueles que poderão ser estabelecidos conjuntamente;
• ter tolerância, mas sem ser conivente;
• saber que os atos é que dão credibilidade às palavras, ter coerência e pedir a coerência do outro;
• reconhecer quando erra;
• ter clareza do que pensa e quer, mas ter absoluta abertura para modificar pensamentos e estratégias.
Nossas crianças e jovens precisam ver nos adultos agentes de autoridade e ética fundadas num profundo respeito. Se eles tiverem possibilidade de vivenciar relações com essas qualidades, terão chance de exercer a verdadeira cidadania.