Garriga de Menezes

O papel da família e da escola na formação do leitor infanto-juvenil

As histórias infantis e o aprender a ler

As crianças gostam de ouvir histórias desde pequenas. Os bebês se encantam pelo acalanto das narrativas ou dos musicais e, conforme amadurecem, começam a ter preferência pelos textos ritmados. Os pequenos memorizam a forma e, ao “relerem” tais textos, contam como se estivessem realmente lendo. Algumas crianças, na hora da narrativa, até apoiam o dedinho nas linhas, dando a sensação de serem leitoras fluentes. Esta fase é mais expressiva a partir do 3º ano do Ensino Fundamental, quando elas já possuem autonomia de leitura e preferências por títulos como aventuras e suspenses.

O significativo nisso tudo é que as histórias, quando adequadas para cada faixa etária, possibilitam o encantamento pela leitura. Nessa fase de audição da narrativa, a professora não pode escolher livros apenas para ensinar algo como higiene, cuidado ou valores morais. Os livros de literatura infantil, os contos clássicos, as fábulas, as poesias favorecem a fruição estética e despertam o interesse pela leitura, já que instigam a imaginação da criança.

 

Incentivando a imaginação

A educadora Magda Soares ressalta a importância da fantasia e da imaginação para as crianças, por isso o contato com textos impressos e não-literários, como revistas infantis, em quadrinhos, receitas, bulas de remédio, certidão de nascimento, entre outros, passa a ser imprescindível.

Um ambiente que favoreça a formação de um hábito de leitura e consequentemente de um leitor infanto-juvenil deve ser preocupação essencial para qualquer atividade. O clima criado para um momento de conto, como local aconchegante, inspirador e com música clássica ao fundo, é fonte inspiradora para o imaginário infantil. A criança se reporta ao espaço-tempo da história, se envolve e interage no real com as possibilidades da sua imaginação.

 

Ouvir histórias é sinônimo de alegria

As atividades que giram em torno das histórias contadas, a participação da família em projetos de leitura e a utilização da biblioteca com espaço de ler, ouvir e contar histórias para aprender são oportunidades pedagógicas que estimulam e despertam para o encantamento e o prazer de ler.

Contar histórias é um dos momentos de encantamento que desperta nas crianças o mais profundo desejo de conhecer o mundo da fantasia. As crianças, quando incentivadas desde pequenas, percebem a leitura como alimento para a alma, uma forma prazerosa de conhecer o mundo e beber na fonte dos desejos mais inusitados, seja de príncipes e princesas, seja de suspenses e mistérios. Marcel Postic ressalta que os enigmas persistem e que isso leva as crianças a procurar, imaginar, sonhar, “tendo como motor tanto a vontade de conhecer, como também a vontade de dominar temores e angústias, ou expressar emoções”.

A Literatura Infantil na Escola

A escola é uma fonte de complemento ao que as famílias já realizam. Todo papai ou mamãe em algum momento contou (ou conta) histórias para os filhos. Assim, o trabalho da escola é incentivar e enriquecer as atividades pedagógicas para aprimorar os conhecimentos multidisciplinares. Além disso, é importante propor projetos de trabalhos que tenham a literatura com o pano de fundo para as atividades.

Os diversos estilos literários estão presentes desde as turmas dos anos iniciais do Ensino Fundamental I, quando ocorre o processo de aquisição da leitura e da escrita. Portanto, as crianças têm o livro ou as histórias contadas como parte de seu desenvolvimento. Aquela que é incentivada a ler desde cedo poderá beneficiar-se com leituras diversificadas e tornar-se uma leitora mais atuante e interessada por temas variados no futuro.

 

Qual o papel da família?

A família é o grande exemplo para esses pequenos. Se os pais são leitores e o hábito de ler ocorre de forma espontânea na frente de uma criança, a possibilidade dela se tornar leitora é grande. Se a escola investe nesse hábito com o reforço de leituras do nosso cotidiano, com trabalhos diversificados a partir de livros infantis, contos clássicos, poesias, canções e com o uso da biblioteca como espaço de entretenimento e prazer, a criança verá a leitura de forma prazerosa e terá estímulo para novas descobertas. Essa criança, então, crescerá com a leitura como parte de sua vida e não como obrigação para trabalhos ou provas, pois a leitura escolar será uma atividade que lhe proporcionará um olhar muito além para certo autor ou estilo literário.

Por
Rosana Benatti Ferreira Pereira
Supervisora Pedagógica do E.F. I do Garriga de Menezes
Mestre em Educação – UCP
e Clarissa Cunha Mello
Supervisora Pedagógica do E.F. I do Garriga de Menezes
Fonoaudióloga


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